terça-feira, julho 25, 2006

pre-texto diário (sobre a Teologia Relacional)

SOBRE A TEOLOGIA ABERT A
Chegou recentemente nas escolas teológicas e em muitos púlpitos brasileiros uma nova onda teológica, que nos EUA é chamada de "Open Theology" ou Teologia aberta. Este movimento teológico tem várias denominações: Teologia aberta, Teologia relacional ou teismo aberto. Este pensamento já tem muitos adeptos e ganhou muitos simpatizantes e defensores depois dos eventos do 11 de setembro e do Tsunami. Os conceitos defendidos são muitos, mas o principal alcançe é sobre a soberania de Deus. Dizem os defensores teólogos relacionais que Deus precisa ser repensado e que os conceitos tradicionais sobre Deus não servem mais para explicar o mundo, nem pregar o amor de Deus ao homem moderno. Dessa forma, a história futura da humanidade, nem Deus conhece. O que vai acontecer amanhã é novidade e surpresa até mesmo para Deus. Deus não sabia sobre o 11 de setembro, nada sabia sobre o tsunami e nada sabe sobre nada que vai acontecer. A historia seria responsabilidade somente do ser humano, sendo que este pode contar com a ajuda de Deus, que na hora vai intervir de acordo com suas possibilidades, desde que não fira o livre-arbítrio das pessoas. Muitos autores brasileiros e pregadores bem conhecidos já aderiram à esta novidade. Novidade por aqui, por que nos EUA esta onde já está bem avançada e uma nova geração de pensadores, teólogos e pregadores estão sendo formados dentro destas premissas. Portanto, nos próximos anos teremos novidades teológicas chegando às pratileiras de nossas livrarias e um bom numero de pessoas sem estrutura biblica e maturidade no conhecimento de Deus se encantando com esta nova onda. O livro mais popular por enquanto que fala no assunto é de Harold Kushner que tem como titulo: "Quando Coisas ruins acontecem com pessoas boas".

segunda-feira, julho 17, 2006

pre-texto diário (sobre as ondas evangélicas)

SOBRE AS ONDAS EVANGELICAIS E PASTORAIS
O que temos hoje é um crescimento do evangélico pragmático, aquele ramo evangelical que prega o evangelho utilitarista. Cresce o numero de evangélico, mas cada vez mais piora a sociedade.
Não existe um escandâlo brasileiro onde não esteja um punhado de pastores envolvidos.
depois do evangelho da prosperidade, todos os pregadores queriam ser igual aos americanos, os mesmos jestos, o mesmo tipo de roupa, a mesma arrogância, as mesmas decalrações, os mesmos chavões (sou filho do Rei, eu declaro, eu tomo posse). Em seguida veio o evangelho da cura interior, onde a pregação não era mais suficiente para curar a alma das pessoas, o novo nascimento não era suficiente para transformar e a cruz de Cristo ineficaz para cancelar os pecados, era preciso uma série de rituais com renuncias e renegações para que a pobre criatura convertida alcançasse a libertação de seu passado. Depois veio a batalha espiritual, onde se ensinava a absurda teologia da legalidade dada ao diabo para dominar a terra. O diabo era o senhor da terra e Deus tinha que pedir permissão para agir na terra. A saída era os crentes tirar os calçados, fazer declarações de domínio, etc. Depois veio o evangelho dos neo-apóstolos. Qualquer pastor que não estivesse contente com o “status” de pastor, poderia se auto-denominar apóstolo e esta onda se espalhou até perder a graça. Depois surgiu o evangelho dos proféticos, onde tudo era profético (louvor profético, igreja profética, dança profética, marcha profética, corte de cabelos profético, até “urinada” profética teve (e tem). Agora segundo a revista Veja, temos o evangelho da auto-ajuda, onde o sobrenatural é “motivar” as pessoas. A Bíblia em uma mão, Lair Ribeiro, Augusto Cury , James Hunter ou Shinyashinki na outra e com certeza, depois da reportagem, muitos pregadores correrão para os cursos de psicologia de auto-ajuda, comprarão livros de motivação pessoal e irão para frente de seus espelhos treinar novos gestos. Neste meio tempo o povo padece, enquanto os livros de exegeses, comentários bíblicos e boa teologia apodrecem. O trabalho demorado na análise de um texto bíblico é coisa do passado, agora temos todas as Bíblias comentadas, banalmente comentadas e o povo banalmente se assenta nos bancos das igrejas, mendigando uma pregação bíblica.
Foi-se a autenticidade e a originalidade, viva a medíocre mania de imitar e importar a última onda a surgir. Sim, porque até a próxima, adota-se a atual. Só resta gritar, o grito dos moradores de Jerusalém, Hosanas - Salva-nos Senhor!!!!

quinta-feira, julho 06, 2006

pre-texto diário (está escrito...)

ESTÁ ESCRITO
Está escrito, que os tempos mudaram e que agora precisamos além de seguir o que diz a Palavra, temos que seguir as orientações de visões e novas revelações.
Está escrito que as Escrituras não são suficientes para nos revelar a vontade de Deus e que agora os crente terão que participar de: orações nos montes, fazer vigílias de oração, ouvir profecias, buscar , buscar e buscar revelações, sonhos e visões.
Está escrito que o culto com orações, cânticos e a pregação não são mais suficientes para que a igreja cresça.
Está escrito que quem quiser ser batizado nas águas tem que além de confessar a Jesus como Senhor e salvador no coração , tem que ir à frente, renunciar ao passado em voz alta e fazer um curso, com prova e tudo.
Está escrito que o crente tem que obedecer seus lideres, mesmo quando eles estiverem fora da Palavra de Deus.
Está escrito que existem pessoas que tiveram revelações tremendas do céu e do inferno e que foram autorizadas a relatar isso em livros sagrados, para com isso juntar um pouquinho só de tesouros aqui na terra.
Está escrito que o crente tem que ser uma pessoa próspera e que prosperidade quer dizer riqueza e que riqueza significa ser filho do rei, e que ser filhosdo rei significa ter tudo o que se desejar nesta terra.
Está escrito ainda, que os crentes não terão problemas, não chorarão mais, não sentirão mais dor, não conhecerão nenhuma aflição mais nesta terra.
Está escrito que os crente não pode ter problemas financeiros, nem tomar nenhum tipo de remédio, nem dizer que não está bem.
Está escrito que tem algum tipo de problema é por que não tem fé, ou está em pecado ou quem sabe tenha “deixado brechas” ao diabo.
Está escrito que a terra não pertence a Deus, mas legalmente ao diabo, porque Deus criou a terra, depois criou o homem e tendo dado a terra ao homem este a entregou ao diabo, e, portanto, é o diabo que é o dono da terra e não Deus.
Está escrito que Deus não é soberano, mas o livre-arbítrio do homem é quem exerce a soberania sobre tudo, inclusive sobre os destinos da terra e da humanidade.
Está escrito que quem quiser buscar avivamento, tem ir a uma cidade onde tem um "mover" de Deus - Silo?, Betel? Jerusalém? Não, não, não - Estamos em outros tempos lembra? Agora é Toronto, Pensacola, Miami, Bogotá, Manaus, Palmas ou Mar del Plata.
Está escrito que para chamar a presença de Deus temos que tocar o shofar, e que para adorar a Deus temos que tocar sons “proféticos” e pronunciar palavras chaves, mas não que seja tipo “abracadabra”, nem “mantras” como é onda na música da nova era.
Está escrito que para adorar a Deus é preciso cantar, cantar não qualquer louvor, mas somente os ditos proféticos e que nunca houve adoradores verdadeiros a não ser "eles".
Está escrito que quem faz parte de algum “ministério” de louvor é um levita.
Está escrito que qualquer grupo formado dentro da igreja é "um ministério", seja de homens, mulheres, jovens, esportes, casais etc.
Está escrito que ser pastor é pertencer ao baixo clero e que agora foi restaurado o ministério apostólico, por uma “divina revelação” de alguém mais espiritual.
Está escrito que portais malignos serão abertos no mês de setembro.
Está escrito que Jesus não é mais o nome de Jesus, agora é Yeshua!
Está escrito que quem falar que tudo isso não passa de modismos humanos está fora da realidade e do “mover”.
Está escrito, onde? Na Palavra de Deus? Não!! Tudo isso está escrito no “Quinto Evangelho” – O Evangelho segundo os santos evangélicos do nosso tempo.
Senhor, até quando? (Hab, 1.1)

pre-texto diário( para não dizer que não falei...)

Pra não dizer que não falei de vitória

Eu sei, eu sei, que eu sou um pastor e que não deveria ficar assim me “Expondo”. Eu sei que eu deveria manter uma “postura” pastoral, porque afinal de contas eu tenho que “dar exemplo”.
Eu sei, eu sei, que se alguém ler este texto pode se decepcionar comigo, pois podem me considerar “fora da casinha”, quem sabe um homem de pouca fé.
Mas eu quero confessar: Eu não acordo todo dia sorrindo não. Tem dias que eu acordo de mal com a alegria. Tem dias que eu não tenho uma super-vitória para conta. Tem dias que eu não tenho um “testemunho maravilhoso” para falar. Tem dias que eu não encontro palavras de consolo para quem está chorando, então, eu apenas choro junto. Tem dias que parece que as coisas não acontecem. Tem dias que eu não tenho uma “palavra de vitória” uma confissão positiva, um sorriso, uma esperança sobrando para amanhã e nem uma certeza que terei aquela vitória.
Tem dias que eu sei que minha oração não será respondida, que minha pregação não vai ser aquela maravilha, que minha família me achará estranho.
Tem dias que eu não quero falar com ninguém, ver ninguém, abraçar ninguém nem orar com ninguém.
Tem dias que eu penso que o mundo vai acabar, que a resposta não existe e que Deus me abandonou até amanhã.
Tem dias que Deus não me atende, fecha seus ouvidos e me deixa em suspense, porque ele resolveu silenciar a meu respeito. Tem dias que eu não me sinto bonito, nem importante e nem ungido.
Tem dias que eu quero chorar. Tem dias que eu sinto tristeza. Tem dias que eu sinto dor. Tem dia que eu olho ao redor e pergunto; pergunto sim: Porque Senhor??? São dias de nada, dias sem cor, dias sem triunfos e sem beleza.
Não, não acho que estas coisas sejam anormais não. Por eu ser normal é que tenho estes dias. Talvez você tenha se decepcionado comigo, mas é bom você saber que eu sou humano. Sou pastor, sou fraco, sou dependente, sou vencível e não angelical, e , não queria ser diferente. É assim que Deus me abençoa, é assim e por causa de todas estas coisas, eu me considero “mais que vencedor em Cristo Jesus.
Graças a Deus que eu não preciso fingir. Graças a Deus que eu não preciso esconder minha humanidade. Graças a Deus que eu não preciso usar máscara de invencível. Graças a Deus que eu não preciso fazer cara de “espiritual”, nem gesto de “ungido”, nem repetir mantra de “pretenso adorador”, nem fingir que tive uma “revelação”, nem inventar algo para a igreja me considerar um “iluminado”.
Graças a Deus que eu não entrei na competição de quem é mais profeta, mais apóstolo, mais amigo de Deus ou mais parecido com o anjo Gabriel.
Graças a Deus que eu posso, falar de minhas fraquezas, pois assim eu posso dizer: Eu sou livre!! Eu sou livre da tirania do evangeliquês! Eu pertenço ao grupo dos não tem vergonha de dizer: eu creio mesmo é no Evangelho da cruz!