quinta-feira, setembro 03, 2009

O HOMEM QUE TRAIU JESUS - II




A RELIGIÃO DO HOMEM QUE TRAIU JESUS

Texto Mt 26.45-50

Judas acompanhou Jesus durante todo seu ministério. Ele era um dos doze, um dos mais respeitados e importantes discípulos, tanto que era o tesoureiro do grupo.
Ele participou do Evangelho, mas não viveu o Evangelho.
Ao analisarmos o perfil religioso de Judas Iscariotes, chegaremos à conclusão que ele fazia parte daquele grupo de crente que até hoje existe; os questionadores, insatisfeitos, e que sempre tem uma palavra pronta: “não concordo”. Aquele grupo que tem suas próprias idéias, sua própria maneira de crer. Aquele grupo que está na igreja, mas não coopera porque diz: “seu eu fosse o pastor faria assim e assim...”.
O texto em Atos 1.25, diz que Judas se transviou, e foi para seu próprio lugar e apostatou da fé. O apóstata, é aquele que crê, mas de maneira errada.
Judas caiu do Apostolado, mas nunca pertenceu de fato a Jesus, nunca teve uma relação pessoal com, genuína com Jesus. Ele não perdeu a salvação, porque nunca foi salvo de fato.
Judas vivia naquele estágio de seguidor indiferente de Jesus, que está em sua companhia, mas não compartilha de seu Espírito (ver Rom 8.9).
Vamos analisar os perigos de quem está perto de Jesus, mas não se converte a Jesus.
O que leva uma pessoa à queda e a se distanciar de Jesus? Vejamos os sintomas na vida de Judas Iscariotes.

1- CEGUEIRA ESPIRITUAL
Judas estava perto da luz do mundo, mas na sua alma havia trevas.
Jesus era a luz . Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não anda nas trevas ( Jo 8.12).
A Apóstolo João falando sobre Jesus disse: “Nele estava a vida e esta era a luz do homens. A lua brilha nas trevas e as trevas não a derrotaram” (Jo 1.4,5).
A luz que ilumina, iluminou os outros discípulos.
Iluminou o gênio de Pedro. Iluminou o coração de Mateus. Iluminou a alma de Nicodemus. Iluminou o caráter de Maria Madalena, de Zaqueu, de Natanael, de Simão Zelote e tantos outros. “ O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz: sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou um luz ( Mt 4.16)
A luz que iluminou muitas pessoas, não iluminou a alma de Judas. Ele permaneceu na cegueira espiritual. Vendo a luz, permaneceu nas trevas.

2- INSENSIBILIDADE ESPIRITUAL.
Judas ouviu todas as Palavras de vida, mas havia dureza em seu coração.
Ele ouviu a verdade, todas as Palavras da verdade, mas não entraram em seu coração por causa da dureza de seu coração.
Jesus disse que o maior mandamento é: “ame o Senhor seu Deus de todo seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” (MT 22.37). Ele não conseguiu cumprir o maior mandamento de Jesus. Judas não amou a Jesus.
O coração de Judas permaneceu como o coração dos discípulos estavam depois da multiplicação dos pães e quando viram Jesus andando sobre as águas, ficaram assustados e incrédulos: to texto diz : “ eles não tinham absorvido ainda o milagre da multiplicação. O coração deles estava endurecido” ( Mc 6.52).
O que mostra a insensibilidade espiritual de Judas é o tempo que ele viu e ouviu as coisas mais maravilhosas, as palavras mais poderosas e mesmo assim, não se converteu a Jesus.

3- ENGANO ESPIRITUAL
Judas revelou o que ainda hoje vemos, adesão e não conversão.
Judas não enganou Jesus, enganou-se a si mesmo. Ele demonstrava até as melhores intenções cristãs. Mostrou uma incrível preocupação com os pobres (Jo 12.3-5) Demonstrou reverência para com Jesus. Na hora de entregar Jesus, ele se aproxima e com toda a reverência diz: “salve mestre, meu mestre” e o beijou, como um discípulo beija o seu mestre (Mt 26.49).
Ainda hoje, temos pessoas assim. Tem a aparência de reverência, mas não possui a mesma reverência no coração.
O maior sinal de uma pessoa assim é amar mais as coisas do amar as pessoas.
Quem está na igreja, mas não ama a Jesus, não engana a ninguém mais do que a si mesmo.

4- SUPERFICIALIDADE NA FÉ.
Judas por fim, mostrou algo muito comum ainda hoje.
Uma fé de ocasião. Uma fé sem raízes. Uma fé em coisas erradas. Uma fé na igreja, mas não em Jesus.
Judas seguiu Jesus o tempo todo, mas a traição revelou quem ele realmente era.
Claro que a traição fazia parte do plano de Deus. Jesus estava com o destino traçado, a morte na cruz.
Não podemos criticar, nem condenar Judas pela traição, porque fazia parte do plano de Deus. O que condena Judas é o seu caráter. É o seu coração. Ele desenvolveu um plano maldoso. Ele fez as coisas de maneira sórdida. Ele se deixou usar pelo diabo. Ele se revoltou com Jesus.
Ele não teve fé em Jesus e, no desespero, por causa das trevas em sua alma se suicidou.

Analisemos nossa fé. Não podemos viver de qualquer maneira – ou nos convertemos verdadeiramente a Jesus, ou o desespero tomará conta do coração.
A espiritualidade cristã é a espiritualidade da esperança. Sem Jesus sobra apenas desespero e falta de propósito para a vida.