domingo, fevereiro 21, 2010

A TRAGÉDIA PESSOAL DE BENNY HINN


Nunca me entusiasmei com Benny Hinn o famoso pregador de curas e prosperidade americano. Sempre achei sua performance exagerada e sua teologia muito controversa. A noticia que nos chega dos EUA é que sua esposa entrou com pedido de divórcio, alegando incompatibilidades irreconcilíaveis.
http://www.nytimes.com/aponline/2010/02/18/us/AP-US-Televangelist-Divorce.html?_

É preciso uma reflexão profunda sobre o que acontece na pregação do evangelho. Um pregador não pode ser seguido e avaliado por suas obras, seus grandes feitos. Não podemos disassociar os feitos da vida pessoal do pregador. A quem estamos seguindo? Grandes obras, como milagres são sinais de que uma pessoa é realmente um enviado, um "ungido"? Cada vez mais os cristãos precisam entender que não existem "grandes homens de Deus", nem "ungidos". O problema é que o pilar máximo da Reforma Protestante foi esquecido, a de que "Todo o seguidor de Jesus é um sacerdote". O conhecido conceito do "sacerdócio universal dos crentes". É preciso definitivamente proclamar que:

Todo cristão é um sacerdote.

Toda familia é sacerdotal, não só a família pastoral.

Todo crente é um ungido, não existem mais os "ungidos especiais". Por favor vamos abrir o Novo Testamento.

É preciso orar pelo casal Him, e sentir suas dores. E que aprendamos a lição. Na Igreja todos são iguais. Sentem as mesmas dores e são miseráveis pecadores iguais. E definitivamente, chega de seguir a "ungidos" sigamos o único que é digno: Jesus, o crucificado. Jesus, glorificado.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

SOBRE OS APOCALIPTICOS

No dia seguinte à tragédia do Haiti, o conhecido pastor americano Pat Robertson, deu o seu veredicto: "A tragédia é resultado de uma maldição, ocasionada por um pacto com o diabo.
( http://www.youtube.com/watch?v=59NCduEhkBM&feature=related).
Este é o problema dos chamados "evangélicos apocalipticos". Eles vêem o mundo como uma estrada cheia de sinais, onde cada sinal é uma evidência do fim. Estes indivíduos olham a vida com um binóculo curioso e julgador e a cada tragédia, a cada terremoto, enchentes e soterramentos, eles dizem: "aleluia! Jesus está voltando". Para eles o sentido da vida é analisar os sinais da vinda de Jesus e do fim do mundo. Nesta visão da vida (triste), dane-se a misericórdia, as perdas e as dores, o que realmente importa é que se está ruim é porque está bom. Nesta ótica, a cosciência ecológica e o cuidado pelo mundo não tem o minimo sentido. Esta, é, alíás a razão porque os americanos não estão nem aí para acordos sobre o clima. O ser humano não tem responsabilidade alguma sobre a preservação da vida, isto é tarefa de Deus. O ser humano não tem o que fazer, porque o fim vem de qualquer jeito. Triste visão.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Leitura


Estou lendo "Na Beleza dos Lírios" de John Updike, sobre um pastor presbiteriano que no inicio do século XX perde sua fé. Veja a força do texto: " Todo o seu contéudo metafísico havia se esvaído, fora a crueldade e a morte, as quais, sem a hipótese da existência de Deus, nada tinham de metafísico; eram apenas fatos, que um dia mergulhariam no nada" (pag. 17).


Leituras sempre são interessantes e lendo este livro sobre um homem de fé que de repente se vê sem Deus é uma reflexão e tanto. Quando a fé é provada ou ela se fortalece ou desaparece. Acho que a principal provação é a da mente, quando a razão é desafiada. A fé mais do que emocional precisa ser racional. Uma espiritualidade racional não procura aventuras, mas firma-se na interpretação razoável da Palavra.